A análise sensorial do vinho
Todo produto é submetido à uma análise através dos sentidos. Mesmo sem que você se dê conta, seus instintos o levam a fazer isto. Você olha um produto, observa sua cor, forma, cheira em busca de algo agradável ou dissonante e vai traçando uma avaliação instintiva dele.
No mundo do vinho é comum vermos as pessoas rodando a taça.
Quando falamos em análise sensorial ou análise organoléptica de um vinho, estamos citando uma avaliação elaborada através dos sentidos. Para tal, o analista deve ser treinado para que obtenha um maior poder sobre sua capacidade de percepção, bem como, saiba o que deve ser buscado nesta avaliação.
A análise sensorial ou organoléptica busca as características dos materiais que podem ser percebidas pelos sentidos humanos.
No caso dos vinhos usando a visão buscamos a cor, o brilho, a luz. Usando o olfato buscamos definir os aromas presentes, sua intensidade e persistência. Usando o paladar buscamos sentir o sabor, percebendo a presença de seus 5 gostos: doce, salgado, ácido, amargo e umami.
Com estas informações percebidas e organizadas associadas a um bom conhecimento teórico do vinho chegamos a uma avaliação sensorial do vinho, que vai levar um avaliador especializado a levantar hipóteses, como a idade do vinho, a longevidade dele, ou seja quanto tempo de vida ainda ele tem e as possibilidades melhores para a harmonização deste vinho.
É neste momento que entra em cena o ato de rodar a taça do vinho.
*Na foto o crítico de vinhos Robert Parker avaliando em um concurso de vinhos realizado em Hong Kong.
por Camila H. Coletti
Editora, escritora, sommelière ABS-SP | ASI
Master Level Provence | CIVP
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