Glúten é inserido em produtos alimentícios, que originariamente não continham glúten, complicando a vida dos celíacos e dos intolerantes a ele.
Leite e chocolate não são vilões para quem é intolerante ao glúten.
Ou assim deveria ser.
Quem é celíaco ou intolerante ao glúten, já se deparou com a situação de passar mal com a presença de glúten em alimentos onde de fato não se esperava a presença dele. Exemplo claro deste engano acontece com o leite preparado por algumas empresas. Leite contém lactose e não glúten. Não é surpresa encontrar glúten no leite em cápsulas da Dolce Gusto? O preparado MOCHA não contém glúten na capsula do Mocha mas contém glúten na capsula de leite. Outro exemplo típico é a presença do glúten em chocolates em barra da Nestlé, da Lacta, da Garoto e outras marcas populares. Pior ainda é deparar-se com o glúten em sobremesas elaboradas com leite, onde “infelizmente” o leite foi substituído por leite maltado. Nos demais as informações estão no rótulo no caso de sobremesas só confiando, que o cozinheiro conheça a dedo os produtos que utiliza.
O leite NÃO possui glúten, nem o cacau em qualquer um dos seus derivados. No entanto algumas empresas fazem questão de maltar o leite. É provável que barateie o produto final. Só isso me ocorre tendo em vista o que movimenta o mundo: Lucro. No caso de chocolates recheados a compreensão é bem mais simples, tendo em vista que os recheios podem vir a ser engrossados com farinha de trigo. A mais barato engrossante do mercado.
Mas o que é o leite maltado?
O leite maltado é elaborado a partir de malte de cereais adicionado de farinha de trigo e leite puro. O malte de cereais CONTÉM GLÚTEN pois é elaborado a partir de cereais que contém glúten, como a cevada e o trigo. A farinha de trigo não pede explicações tendo em vista que é o maior inimigo de quem não pode consumir glúten.
Resumindo, existe portanto a inclusão de glúten no leite. Assim, um produto que não continha glúten passa a contê-lo. Esta inclusão é um forte prejuízo ao consumidor e está geralmente em produtos de qualidade inferior. A eterna busca do lucro empresarial.
A inclusão de glúten através do “leite maltado” no caso de biscoitos, não causa grandes estragos pois o glúten já estava presente na farinha de trigo, que é a base do biscoito. O intolerante e o celíaco não consomem bolachas comuns.
No entanto, no leite que é um produto naturalmente sem glúten, acaba sendo um descaso com a saúde de tantos, que hoje com a evolução da ciência descobriram o que originava seus problemas de saúde, o glúten.
Verifique sempre os rótulos. Aqui no Brasil é obrigatório a inscrição “Contém Glúten” ou “Não contém Glúten”
É hora da indústria reavaliar suas formulas e conceitos. É muito difícil para uma criança ou para um idoso saber onde estão os produtos sem glúten, mesmo porque a inscrição nos rótulos, nem sempre tem tamanho de letras legíveis. Vamos e venhamos, nenhum idoso intolerante ou celíaco irá esperar encontrar glúten no leite.
Seria ilusão dele esperar que fosse consumir “leite” quando comprou leite?
ATENÇÃO: Verifique sempre os rótulos de produtos com fórmulas. Leite é um exemplo de que outras substâncias são adicionadas a ele. Não vá apenas acreditanto que leite é leite e ponto final.
Chocolates não precisam conter leite maltado, nem farinha de trigo ou cevada. Temos excelentes chocolates no Brasil, aliás os melhores, totalmente sem glúten. Veja alguns AQUI.
Por que substituir o leite das formulações, por leite maltado? O aroma não justifica, pois o “leite condensado” da mesma empresa é bastante perfumado e NÃO contém glúten.
A ganância movimenta o mundo e o consumidor acaba levando gato por lebre.
Camila H. Coletti
Leia sobre alimentos sem glúten e alimentos funcionais AQUI.
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