Vinhos – Temas especiais

O complexo conceito de tipicidade do vinho

Tipicidade do vinho

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Tipicidade, um conceito preciso sobre a expressão de  uma casta em um determinado terroir, com resultado na taça.

Entre rodas de enófilos mais antigos é muito comum o tema tipicidade do vinho vir à tona. É uma forma de depurar as impressões sobre um determinado vinho. Neste pequeno texto que tem o propósito de tornar o tema de fácil compreensão irei mostrar como entender este conceito.

O primeiro ponto para poder entender e aplicar o conceito de tipicidade é a experiência nos diversos tipos de vinhos e sua expressão pelo mundo todo. De outra forma o conceito não passará de mais uma definição teórica. Assim a primeira conclusão que se chega é que não é fácil analisar a tipicidade de um vinho sem o “instrumental adequado”, ou seja, o registro mental das diferenças entre os diversos vinhos. Estamos falando do mundo todo, de cada uma das micro regiões do mundo. Percebem a complicação?

Quando falamos em “tipicidade do vinho” estamos dizendo, que analisamos o vinho e o comparamos com vinhos da mesma  região e casta do vinho em questão, chegando a uma conclusão: Este vinho tem tipicidade ou este vinho não tem tipicidade.

Um vinho com tipicidade é um vinho que representa muito bem as características de uma determinada uva  ou corte específico aliada ao terroir naquela região. São dois pontos a serem conhecidos previamente. Como se expressa aquela uva, ponto 1. Quais são os diferenciais daquela uva na região em questão. Como podem observar exige boa desenvoltura em conhecimentos teóricos convertidos na prática da análise organoléptica.

Degustadores e a capacidade para avaliar a tipicidade

Será raríssimo encontrar mesmo dentre os degustadores experientes, os capacitados para esta tarefa.

Não é papel técnico para enófilos e sim para especialistas, que com excelente aptidão de olfato e paladar, se focaram a trabalhar e a se especializar nesta área de análise de vinhos.

Isto não tem nada a ver com participar de análises em concursos, da maneira como ocorrem por aqui, tanto em revistas como em avaliações mundiais. Na maioria dos concursos aqui no Brasil, os vinhos são pontuados por enófilos que não tem qualquer formação, por mais que bebam vinhos há muito tempo. Não são enólogos e nem sommeliers formados. Mesmo os que são, muitas vezes não tem olfato, ou paladar apropriados, pois isto, por mais que se queira não é aprendido na escola. É  preciso a união da formação técnica, com o aparato pessoal somado ao tempo de treinamento focado nesta habilidade. São 3 pontos que precisam estar presente para uma boa análise.

Bons degustadores são raros. Todos podem dar suas opiniões sobre um vinho, até quem está colocando o primeiro gole de vinho na boca.  Serão apenas opiniões e não serão de fato consideráveis como uma avaliação. Não são técnicas. Tipicidade pede conhecimento e não gosto pessoal, que aliás, um bom profissional sabe isolar muito bem.

O tema “tipicidade do vinho” não permite  falar de gosto pessoal e sim de conhecimento aliado à análise de quem realmente é gabaritado para tal.

por Camila H. Coletti
 
Editora, escritora, sommelière ABS-SP | ASI
Master Level Provence | CIVP

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